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QUARTEL DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE PORTO SANTO

CONCURSO REALIZADO EM CO-AUTORIA COM RODOLFO GONÇALVES

Como resposta ao programa preliminar depreendeu-se que funcionalmente o Quartel de Bombeiros poderia estar organizado em torno de um centro, pois a estrutura concêntrica permite uma circulação e organização funcional clara e confere legibilidade e fácil comunicação a todas as partes que se organizam em torno do mesmo. Deste modo, assumiu-se um espaço centralizado, cujo epicentro simbólico e funcional seria emblemático da estrutura de funcionamento de um quartel de bombeiros, a parada de exercícios. Esta assumir-se-ia como o grande espaço coberto do edifício em torno do qual toda a acção decorreria, tal qual a arena no coliseu. O edifício assenta no eixo orientador do terreno em promontório, ascendendo no ponto mais alto no sentido da zona industrial, que pontua a entrada principal do edifício e seus os espaços de carácter público e no mais baixo no da zona habitacional e do vale, estabelecendo assim uma relação de escala com a envolvente. Além da integração com a envolvente, a inclinação da cobertura facilita a recolha das águas pluviais que são encaminhadas para o depósito de águas de incêndio localizado no piso -1. Na sua implantação, o edifício cria no exterior três espaços funcionalmente distintos que se relacionam com as três entradas do edifício: a parada de honra associada à entrada principal, a parada de treino com fachada e a zona de lazer do anfiteatro a Norte. Todas as zonas estão directamente relacionadas e confluentes com a parada de exercícios no interior, permitindo assim maior versatilidade de utilização e promovendo a boa relação das diversas actividades interior/exterior. No interior, ao nível do piso 0, localizam-se em torno da parada de treino os espaços afectos ao sector operacional, havendo preocupação na boa articulação e relação de distâncias entre eles em resposta ao programa funcional e à utilização principal. Ainda neste piso, procurou relacionar-se a copa com o exterior promovendo um espaço de lazer e convívio orientado para o Pico do Castelo. O piso 1 está afecto ao sector associativo contendo ainda alguns espaços do sector operacional, nomeadamente todos os que beneficiariam da confluência com os demais espaços do mesmo piso. Uma galeria contínua serve os espaços mantendo uma interacção visual com a parada, culminando numa varanda com vista privilegiada com o Pico do Castelo. O salão polivalente, pela sua localização, prolonga visualmente a parada de exercícios através do átrio que lhe dá acesso, e num campo visual mais afastado, pela cobertura “shed” contempla o Pico do Castelo. Neste piso, todos os espaços interiores estão associados a espaços exteriores com carácter diverso (varandas, terraços e pátio) onde se vislumbram diferentes paisagens de Porto Santo, e evidenciam-se relações espaciais envolventes no interior em prolongamento com elementos particulares do lugar, valorizando-o.

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