Trata-se de um lote comprido com 1736 m2 de área, orientado poente/nascente, servido a poente pela Rua das Barbosas.

A casa orienta-se longitudinalmente no terreno em duas direcções, paralelas aos limites laterais do lote, que estabelecem também uma relação de perpendicularidade com a rua, acompanhando a inflexão que esta faz e definem dois eixos covergentes que definem dois momentos espaciais. Umprimeiro de compressão, de espaço contido, ao entrar no interior da casa, que se vai transformando à medida que a casa é percorrida dando lugar a um espaço amplo e descomprimido, aberto para o terreno circundante. Estas duas direcções são materializadas em dois corpos, um norte programáticamente mais privado e um sul mais social, que originam entre si um espaço intersticial distribuidor de circulações e de funções, e simultaneamente define também a zona central da casa: o espaço de comer.

A casa desenvolve-se praticamente ao nível do piso térreo, exceptuando a existência de um espaço de biblioteca situado por cima da garagem, intimamente relacionado com o amplo terraço da casa.

Este corpo elevado, virado ao pôr do sol, marca a presença da casa na rua e materializa a intenção de um diálogo único com a mesma. O muro de vedação da casa serve de embasamento a este corpo sobre-elevado e permite a existência de um pátio de entrada protegido da rua e para onde se vira a mzinha. Nele será plantada uma oliveira que, pela paz e brandura que nos transmite e pelo porte proporcionado, diria até pitoresco quando relacionado com a escala do pátio, irá proporcionar o ambiente perteito a este espaço.